MEDIATRIX

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

MINHA ADORÁVEIS QUIMERONALTAS

Quando eu era mais jovem li o livro O MUNDO DE SOFIA  de  Jostein Gaarder, que conta a história de uma menina de 14 anos que recebe lições de filosofia de um personagem misterioso que vai aos poucos contando romanceadamente a história da Filosofia. Não me esqueço da analogia do professor sobre o brinquedo LEGO com suas peças de montar em comparação com o mundo atomístico de Demócrito e o final surpreendente da história em metalinguagem. Recomendo aos moços e aos iniciantes no "mundo de Sofia". Esta menina aprendiz me faz recordar de muitas outras da literatura universal, é a imagem arquétipa de uma jovem aprediz exploradora de mundos estranhos em símbolo da FILOSOFIA. Usualmente nesta histórias a protagonista é uma menin (geralmente quando o personagem protagonista é um menino, ele vem do além para nossa mundo). Estas meninas estão revelando uma estrutura subjacente, uma esteriotipia (no sentido de impressão inconsciente) que mesmo na Bíblia permanece quando no livro de Provérbios a Sabedoria é personificada por uma pessoa do sexo feminino. Este ensaio, como o nome diz é um ensaio, uma percepção materializada em discurso provisório, um intuição amorfa que passa quilomêtros acima de um esquematismo lógico-argumentativo, ou de um explicitação discursiva irrefutável, mas acho que estas menininhas da literatura que vão da Terra para um mundo fantástico, um mundo do além, um reino de mistério e encanto, representam a FILOSOFIA, o amor pela Sabedoria, que se encarna na figura frágil, doce e em formação de uma jovem. Sendo a Filosofia uma atividade sempre em aperfeiçoamento, em estado de geração, de rascunho que vai na direção da madurez, nada melhor mesmo para representá-la do que uma noviça.  E é o filósofo autoproclamado que faz a comparação de uma moçoila com a Filosofia:

"Quando decidi devotar minha vida ao serviço desta DAMA, formosa entre todas, que os antigos denominaram Afeição à Sabedoria, e que não é no fundo senão a figura jovem e incompleta daquela que no seu esplendor maduro será a Sabedoria mesma; nesse instante, digo, tomei consciência de que deveria, por muitos e longos anos, refrear e sacrificar meu fortíssimo impetus scribendi em favor de impetus cognoscendi..."(Da contemplação amorosa)

Vejamos então algumas de  nossas quimeronaltas:


A primeira de nossas quimeronaltas convocada é a pequena  Alice,  que seguindo um coelho branco penetra em um "País das Maravilhas" passando por peripécias fantásticas, num mundo aparentemente ilógico, com personagens e situações paradoxais, colocando a pequenina às vezes em um estado desesperador como na ocasião em que a biruta da  Rainha de Copas ameaçou cortar-lhe a cabeça. O contraditório, o confronto de opostos, a transgressão das leis físicas, da proporcionalidade,  da continuidade, das magnitudes são nesse mundo uma constante de um mundo sem constantes. Do enquadramento certinho de nosso mundo Alice Linddell é jogada em um mundo totalmente anômico. Ela é a exploradora enviada do mundo imanente para o transcendente.


A segunda de nossas quimeronaltas, é mais modesta e não precisaríamos nem mencioná-la pois realiza apenas uma pequena incursão por uma floresta em direção a casa de sua avó, numa viagem iniciática pelos perigos lupínicos no matagal e demonstra toda sua curiosidade filosófica ao inquirir sistematicamente sua pseudo-avó sobre as alterações em sua aparência que a estavam fazendo ver, ouvir e cheirar mais. Por que na história tinha que ser uma menina? Para sublinhar a fragilidade?

A terceira de nossa quimeronaltas é Dorothy do Texas, que é abduzida, juntamente com seu cãozinho Totó ao mundo do MÁGICO DE ÓZ,  um país fantástico com festa estranha com gente esquisita.





Do Texas para o Brasil o arquétipo se impõe
também nos personagens de Monteiro Lobato: Narizinho com suas reinações e Boneca Emilia, muito curiosas e dadas a descobrir coisas.



Ainda no Brasil saindo do papel e indo para a telinha tivemos a minissérie que apresentou nossa quinta quimeronalta e (ex-emília) Maria, no Hoje é dia de Maria, esquisito para caramba, mais até do que todos os outros enredos e personagens mencionados supra. Por que não hoje é dia de João ou José? Por causa da pressão inconsciente do arquetipismo presionando o cêrebro do autor condicionando o personagem desbravador na figura de um pessoa feminina e jovem.



Embora nossa sexta quimeronalta não vá sozinha, mas vá com seus irmãos masculinos, Lucia Pevensie é a protagonista principal nos livros(eu acho) e filme As Crônicas de Nárnia e a primeira a entrar no portal/guarda-roupa, e a tentar convencer seus irmãos do mundo mitológico escondido. 


Em repetição insistente como tema cansativamente recorrente nossa sétima quimeronalta é uma menina denominada Ofélia que encontra um ser quimérico em um labirinto... e o resto você pode imaginar (O LABIRINTO DO FAUNO)

É interessante que as vezes no desenrolar das narrativas descobrimos a origem nobre das mocinhas e que ocacionalmentre sua origem é do além também. Uma princesa desaparecida...




Parece-me que nossos esforços em busca de conhecer o que é desconhecido assume a configuração simbólica de uma jovem mulher, que vai do aquém para o além, existem excepções como seria de se esperar como a Mulher Maravilha que vem de seu reino amazônico ou com todo o respeito, de Nossa Senhora, que manda as mensagens do reino transcendente para  nós mortais. Mas são exceções.


Geralmente quem vem do desconhecido é um menino como Peter Pan, O Pequeno Príncipe, Kal-El e novamente, com todo o respeito, Jesus Cristo ("por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu" -Escrituras)


Parece até que a Revelação, os Avatares, as formas de comunicação do além para cá, geralmente devam ser simbolizadas pelo masculino e daqui para o além pelo feminino. 


...

... me lembrei (lembrei-me) de mais uma recorrência de uma menininha explorando o além, e como imagens falam mais que mil palavras...





E mais essa (em 13/09/2011) de minha mais tenríssima infância, a PIMPA  do livro SOZINHA NO MUNDO (um dos primeiros livros que lí integralmente)



***


(Em 28 de setembro de 2011)

Há sim, lembrei-me de uma excepção a esta tese, é de uma garotinha assustadora que vêm do mundo do além, inclusive sai de dentro da televisão, um complemento dialético de Carol Anne  a menininha do Poltergaister. É a Samara Morgam.



















É um dado que não se encaixa na minha teoria, se bem, que ele, o tema de Horror da Samara, é de Origem oriental. Diferente do pensamento e arquétipos do Hemisfério Oeste. Lá luto é branco, aqui é preto... (Nossa como eu viajava na maionese! Mas eu tenho um protocolo escusante de emergência  intelectual: Bipolar)



De qualquer forma, fica registrado o dado incoerente com a tese das quimeronaltas, numericamente pequeno é certo... 


Absolutum.

   
Este texto eu escrevi originalmente aqui: GRAVOSFERA, há uma década. Meu único objetivo era demonstrar a recorrência nas histórias deste formato repetido das meninas nelas. Naquela época eu era protestante e mencionei a Virgem Maria e suas mensagens apenas como um dado puro sem nenhuma anuência minha a sua validade ou veracidade.

(...com todo o respeito, de Nossa Senhora, que manda as mensagens do reino transcendente para  nós mortais)

De lá para cá me converti ao catolicismo e passei a estudar teologia mariana. Sinto um certo orgulho piedoso de mesmo naquela época ao mencioná-la ter dito com todo o respeito, mesmo enquadrando-a em minhas idiossincrasias elocubráticas semi-jocosas ainda assim, mencionei as mensagens marianas.  Foi então que me dei conta de que eu estava errado quanto a Nossa Senhora vir do mundo transcendente. Ela é na verdade a encarnação suprema destes arquétipos, pois ela era uma menina que foi arrebatada para o além de todas as formas possíveis em que isto poderia se realizar. O avatar masculino que veio foi Jesus que numa simbiose sinergética sincrónica a abduziu de corpo e alma para uma posicão acima de Buda, Moisés, Maomé ou qualquer outro ser humano. Mas ela era filha da humanidade e uma humana de fato. Com todo respeito a Arqui-Quimeronalta.

Não tenho tempo de explicar o porquê do acima, mas asseguro que uma menina do mundo antigo num paizinho pequeno se tornou a Rainha do Universo. 

Gerada através da raça humana pelo Deus Pai Jeová, foi esposa do Espírito Santo ao produzir com sua carne e sangue o irmão genético  e seu filho Jesus Cristo o Verbo que se encarnou nela. Sendo assim Filha do Transcendente, Esposa do Absoluto e Mãe do Logos, do Verbo, da Palavra Divina. Assunta ao Céu de corpo e alma tem a plenitude da graça, e é bendita entre todas as mulheres, e homens. É o tipo principal, o arquétipo dos arquétipos que mencionei acima. E outra coisa, ele era realmente bem novinha  quando o anjo que foi o arauto de uma mundo transcendente anunciou a vontade de Deus para ela. 

É sobre isto que pretendo discorrer doravante neste blog, e as implicações disto em nossas vidas.

Salve Maria!




quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

MEDIATRIX

Mediatrix é medianeira, mediadora em latim. Este é um dos títulos de Nossa Senhora que ainda não foi aprovado como dogma católico mariano oficialmente pelo Vaticano. Segundo algumas profecias feitas em tese pela própria Nossa Senhora ele será aprovado um dia. Juntamente com os títulos de CORREDENTORA E ADVOGADA. Sobre o papel de Maria, a jovem judia que se achou concebida pelo Espírito Santo e sobre sua importância no Cristianismo e na História Universal é o que esta pagina irá discorrer daqui por diante. Tudo por Jesus e NADA sem Maria.  Rogo à Nossa Senhora que me abençoe e abençoe esta página e que ela seja um canal de conhecimento sobre ela e que nos forneça subsídios para uma  verdadeira, correta e santa devoção ao IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA. e que até o seu triunfo final possamos cada vez mais no apegarmos a ele e sermos dóceis aos seus desígnios.!

Nossa Senhora, Rogais por nós que recorremos a Vós, para que sejamos dignos de alcançar as promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Salve Maria!